domingo, 30 de janeiro de 2011

O Bem e o Mal?


Queridos amigos,

De onde vem a noção do bem e do mal? Será que nasce de algum tipo de percepção ou sentimento que inerentemente possuímos como seres humanos? Ou será que se refere a um conceito que gradualmente aprendemos e desenvolvemos ao longo de nossas vidas?

Será que os nossos princípios do que é bom e do que é mau são moldados pelo tipo de cultura, sociedade e momento em que vivemos? Ou será que existem certos conceitos fundamentais e universais - abrangendo todas as épocas e localidades do planeta?

Como será que estes princípios influenciam as nossas vidas? E como que a sociedade - com todas as suas leis, práticas e costumes - é construída a partir destas noções? Será que tudo depende de como olhamos e definimos o bem e o mal?

O que acham de nos voltarmos para uma fonte que ao longo da história da humanidade serviu de inspiração para entendermos um pouco mais sobre esta famosa dicotomia - os livros em que se baseiam as grandes religiões do mundo?

Vamos lá!

“Mal é imperfeição. Pecado é o estado do homem no plano inferior da natureza, caracterizado por defeitos como a injustiça, a tirania, o ódio, a hostilidade, o conflito... Devemos livrar-nos destas imperfeições através da educação. Os Profetas de Deus têm sido enviados, os Livros Sagrados têm sido escritos, a fim de que o homem possa tornar-se livre. Assim como neste mundo de imperfeição ele nasce de sua mãe terrena, semelhantemente, nasce no mundo do espírito através da educação divina. Quando o homem nasce no mundo dos fenômenos, encontra o universo; quando nasce deste mundo para o mundo do espírito, encontra o Reino.”
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá’í)

“Ele [Deus] te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus…”
~ Miquéias 6:8 (Velho Testamento)

“Conquista a raiva pelo amor. Conquiste o mal pelo bem. Conquiste os pão duros pelas doações. Conquiste o mentiroso pela verdade."
~ Buda (Dhammapada 17:3) 

“Se praticardes o bem, este reverte-se-á em vosso próprio benefício; se praticardes o mal, será em prejuízo vosso.”
~ Alcorão 17:7 (Islã)

“Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça. Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal”.
~ Hebreus 5: 12-14 (Novo Testamento)

“Numa palavra, é possível que uma coisa seja má em relação a outra, e ao mesmo tempo, dentro dos limites de seu próprio ser, não o seja. Está claro, pois, que não existe o mal, que tudo o que Deus criou foi bom. O mal é o simples nada. A morte é apenas a ausência da vida; só quando o homem perde a vida, é que ele morre. A escuridão nada mais é que a falta de luz; só onde não há luz, reina a escuridão. A luz é coisa que existe, mas a escuridão não é. A riqueza é coisa existente, porém a pobreza é inexistente. Obviamente, todos os males reduzem-se à inexistência. O bem existe; o mal é inexistente.”
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá’í)

“Não vos enganeis, meus amados irmãos. Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.” 
~ Tiago 1: 16-17 (Novo Testamento)

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!” 
~ Isaías 5:20 (Velho Testamento)

“Ó COMPANHEIRO DE MEU TRONO! Nenhum mal deves tu ouvir, nem ver; não te rebaixes, nem suspires, nem chores. Nenhum mal deves falar, para que não o ouças falado a ti; nem aumentes as faltas alheias, a fim de que as tuas próprias não se afigurem grandes. Não desejes a humilhação de ninguém, para que não se torne evidente tua própria humilhação. Vive, pois, os dias de tua vida, os quais são menos de um momento fugaz, mantendo sem mancha a tua mente, imaculado teu coração, puros teus pensamentos e santificada tua natureza, de modo que, livre e contente, possas abandonar essa forma mortal, recolher-te ao paraíso místico e habitar, para todo o sempre, no reino eterno.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá’í)

domingo, 23 de janeiro de 2011

O que é felicidade?


Queridos amigos,


Dizem que esta vida se resume, em última análise, na incessante busca pela felicidade. E que tudo o que fazemos, quer consciente ou subconscientemente, é motivado para nos proporcionar um grau cada vez maior deste sentimento. Mas será que estamos conseguindo encontrar a felicidade? Onde devemos procura-la?

Existe algo como a verdadeira felicidade? Quais seriam suas características? Será que podemos usufruir de um sentimento duradouro de felicidade e contentamento, o qual não se esvaece com as vicissitudes de um mundo fugaz e superficial? Ou será que estamos fadados a depender de objetos e emoções momentâneas para sermos felizes?

Será que a felicidade possui uma base espiritual? Ou talvez esse sentimento seja guiado por nada mais do que fatores psíquicos e biológicos, o que nos impele a buscarmos a nossa própria sobrevivência em um mundo em constante evolução?

Será que os ensinamentos espirituais das grandes religiões podem nos esclarecer sobre este assunto, e ainda apontar um caminho para a verdadeira felicidade?

Só há um jeito de descobrir!

“Neste mundo somos influenciados por dois sentimentos: Felicidade e Tristeza. A felicidade nos dá asas! Nos tempos de felicidade nossa energia é mais vital, nosso intelecto mais lúcido e nossa compreensão menos obscurecida. Parecemos mais capazes de enfrentar o mundo e de encontrar nossa esfera de utilidade. Mas, quando a tristeza nos visita, ficamos fracos, nossa força nos abandona, nossa compreensão é vaga e nossa inteligência embaraçada. As realidades da vida parecem burlar nossa percepção, os olhos dos nossos espíritos deixam de descobrir os mistérios sagrados e nos tornamos mesmo como seres mortos. Nenhum ser humano é insensível a essas duas influências; mas toda a aflição e toda a tristeza existentes provêm do mundo da matéria - o mundo espiritual concede sempre a felicidade.”
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá'í)

“O sábio se alegra em dar e com isso se torna feliz para sempre.”
~ Buddha (Dhammapada, 13:11)

“E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
~ Romanos 8:38 (Novo Testamento)

“São aqueles que seguem o Mensageiro, o Profeta iletrado, o qual encontram mencionado em sua Tora e no Evangelho, o qual lhes recomenda o bem e que proíbe o ilícito, prescreve-lhes todo o bem e veda-lhes o imundo, alivia-os dos seus fardos e livra-os dos grilhões que o deprimem. Aqueles que nele creram, honraram-no, defenderam-no e seguiram a Luz que com ele foi enviada, são os bem-aventurados.”
~ Alcorão 7: 157 (Islã)

“Ora, enquanto ele [Jesus] dizia estas coisas, certa mulher dentre a multidão levantou a voz e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que te amamentaste. Mas ele respondeu: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus, e a observam.”
~ Lucas 11: 27-28 (Novo Testamento)

“As leis de Deus foram enviadas do céu de Sua mais augusta Revelação. Todos devem observá-las com diligência. A suprema distinção do homem, seu verdadeiro progresso, sua vitória final, delas sempre têm dependido e continuarão a depender. Quem guardar os mandamentos de Deus, atingirá a sempiterna felicidade.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá'í)

“Ó Filho do Homem! Não te entristeças salvo por te encontrares longe de Nós; nem exultes, a menos que te estejas aproximando, de regresso a Nós.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá'í)

“Ó amados de Deus! Sabei, verdadeiramente, que a felicidade do gênero humano reside na sua união e harmonia, e o desenvolvimento espiritual e o material estão condicionados ao amor e à amizade entre todos os homens.”
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá'í)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Desprendimento de quê?


Queridos, boa noite!

Ouvimos muito falar sobre o desprendimento. Mas o que significa isso na prática? De que precisamos nos desprender, e por quê? Se existe uma jornada espiritual, em que todos nós podemos embarcar, qual seria a importância do desapego?

E até que ponto podemos ir no nosso desprendimento? Podemos, ou devemos, atingir um nível em que nos esquecemos de nós mesmos, negligenciando nossas necessidades mais básicas, as quais possuímos como seres humanos? Ou será que devemos chegar a um equilíbrio?

Como conseguimos achar a medida certa de apego e desapego? Será que existe algo a qual devemos nos apegar, a fim de nos desprender das coisas desnecessárias deste mundo?

Será que os livros sagrados das grandes religiões podem nos ajudar?

Vamos ver!

“Aquele que busca a verdade deve, em todos os tempos, confiar em Deus, renunciar aos povos da terra, desprender-se do mundo do pó e apoiar-se n’Aquele que é o Senhor dos Senhores... Ele deve contentar-se com pouco e purificar-se de todo desejo desmedido. Deve estimar como um tesouro a companhia dos que renunciaram ao mundo, e ver que lhe traz um benefício precioso evitar os homens jactanciosos e mundanos... deve ele consumir todo pensamento refratário e passar, com a celeridade do relâmpago, tudo, salvo Ele... Não deve ele hesitar em oferecer a sua vida pelo Bem-Amado, nem deve permitir jamais que a censura do povo o desvie da Verdade.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá’í)

“Confia no Eterno e faz o bem; assim habitarás na terra e te nutrirás com a fé. Deleitar-te-ás com o Eterno e Ele atenderá os desejos de teu coração. Orienta teu caminhos para o Eterno, confia Nele e Ele agirá.”
~ Salmos 37: 3-5 (Velho Testamento)

“Ó amados de Deus! Sabei vós que o mundo é idêntico a uma miragem que se eleva sobre as areias, a qual o sedento confunde com água. O vinho deste mundo não passa de um vapor no deserto, sua piedade e compaixão não são senão faina e dificuldades, e o sossego que oferece é apenas lassitude e pesar. Abandonai-o àqueles que lhe pertencem, e volvei as faces ao Reino de vosso Senhor, o Todo-Misericordioso, a fim de que Sua graça e generosidade esparjam seus esplendores matinais sobre vós, e vos faça descer uma mesa celestial, e vosso Senhor vos abençoe, e verta copiosamente Seus tesouros sobre vós para alegrar-vos o íntimo e preencher vossos corações com beatitude, para atrair vossas mentes, purificar-vos as almas e consolar-vos os olhos”.
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá’í)

“Com certeza o caminho que conduz ao proveito mundano é um e outro é aquele que leva ao Nibbana; compreendendo isso… o discípulo do Buda, não deve se alegrar em favores mundanos, mas cultivar o desapego.”
~ Dhammapada 4:16 (Budismo)

“Por isso, não andeis preocupados, dizendo: Que iremos comer? Ou, que iremos beber? Ou, que iremos vestir?... Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
~ Mateus 6: 31-33 (Novo Testamento)

“Aceita por igual o prazer e a dor, o ganho e a perda, o triunfo e a derrota e prepara-te para a batalha. Assim, não cairás em pecado... Aquele que em nenhuma circunstância de sua vida se altera, nem se afeta pelos azares ou sorte; o que, com ânimo sereno e imperturbável, não se aflige na adversidade, nem se regozija quando a fortuna lhe sorri, descansa no supremo conhecimento.”
~ Bhagavad Gita II: 38-57 (Hinduísmo)

“Ó Meu irmão! Um coração puro é como um espelho; limpa-o com o polimento do amor e do desprendimento de tudo exceto de Deus, para que nele possa brilhar o sol verdadeiro e a manhã eterna alvoreça. Tu verás então, com clareza, o que significa: Nem Minha terra nem Meu céu Me contêm, mas o coração de Meu servo fiel Me contém. E tomarás tua vida em tua mão e a lançarás com infinito anelo diante do novo Bem-Amado.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá’í)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Oração: Funciona?

Caros amigos,

Como podemos entender as maravilhosas energias que são libertadas e difundidas quando nos voltamos Àquele misterioso Ser em oração? O que será que ocorre com nós quando oramos?

Será que as emoções que sentimos, e os pensamentos aos quais somos levados, quando nos volvemos em oração, não passam de pura fantasia, gerada por uma psique fraca e carente? Ou será que a sublimidade de realizar esse ato possui uma base espiritual concreta, a qual nos possibilita conectarmos com algo maior e mais absoluto que nós mesmos?

E quais são os benefícios da oração? Como será que isso nos ajuda em nossa evolução e crescimento neste mundo, repleto de alternativas e passa-tempos? Existe, de fato, algum método mais correto de orar?

O que será que as escrituras sagradas das grandes religiões dizem a respeito das orações?

Vamos ver!

“Nada há mais doce no mundo da existência do que a oração. O homem deve viver em estado de oração. A condição mais bendita é a condição de oração e de súplica. A oração significa conversar com Deus. A maior realização ou o estado mais doce não é outro senão a conversação com Deus. Esta cria espiritualidade, cria atenção e sentimentos celestiais, produz novas atrações do Reino e gera as susceptibilidades de uma inteligência superior.” 
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá'í)

“Entoa, ó Meu servo, os versículos de Deus por ti recebidos, assim como os entoam os que d’Ele se aproximaram, a fim de que a doçura de tua melodia possa acender tua própria alma e atrair os corações de todos os homens. Se alguém, recluso em seu aposento, recitar os versículos revelados por Deus, os anjos do Todo-Poderoso, dispersando-se, difundirão por toda parte a fragrância das palavras emanadas de seus lábios, o que fará vibrar o coração de todo homem justo. Embora esse efeito lhe permaneça, a princípio, despercebido, cedo ou tarde, no entanto, a virtude da graça a ele concedida, deverá exercer influência sobre sua alma.” 
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá'í)

“E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” 
~ Mateus 7: 9-11 (Novo Testamento)

“Tanto o fogo como o paraíso se curvam e prostram diante de Deus. O que é digno de Sua Essência é adorá-Lo por amor a Ele, sem medo do fogo, nem esperança do paraíso. Quando é oferecida a adoração verdadeira, quem adora é salvo do fogo e entra no paraíso do beneplácito de Deus, mas não deve ser este, entretanto, o motivo de seu ato. O favor e a graça de Deus, porém, manam sempre de acordo com as exigências de Sua inescrutável sabedoria. A oração mais aceitável é aquela oferecida com a máxima espiritualidade e ardor; prolongá-la não tem sido, nem é estimado por Deus. Quanto mais desprendida e pura a oração, mais aceitável é na presença de Deus.” 
~ O Báb (Babismo)

“Se uma pessoa sente amor por outra, terá vontade de lhe dizer. Embora saiba que o amigo percebe que ele o ama, ele ainda terá vontade de lhe dizer... Deus conhece os desejos de todos os corações. Mas o impulso à oração é natural, provindo do amor do homem a Deus... Não é preciso que a prece seja em palavras, mas antes, em pensamento e atitude. Mas, se esse amor e desejo estão faltando, é inútil tentar forçá-los. Palavras sem amor nada significam. Se alguém conversar convosco como um desagradável dever, sem amor ou prazer, desejareis conversar com ele?”
~ ‘Abdu’l-Bahá (Fé Bahá'í)

“Se eu tivesse guardado iniqüidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido; mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração.”
~ Salmos 66: 18-19 (Velho Testamento)

“Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento.”
~ Tiago 1: 5-8 (Novo Testamento)

“Aquele que é dito imanifesto é imperecível, é a meta suprema; quem chega a alcançá-la, jamais retorna... Por uma devoção exclusiva a Ele… pode-se chegar a este espírito supremo, que contém todos os seres e que preenche todo o Universo.”
~ Bhagavad Gita VIII: 21-22 (Hinduísmo)

“Amparai-vos na perseverança e na oração. Sabei que ela (a oração) é carga pesada, salvo para os humildes, que sabem que encontrarão o seu Senhor e a Ele retornarão.”
~ Alcorão 2: 45-46 (Islã)

“A verdadeira comemoração consiste em se mencionar o Senhor, o Alvo de todo louvor, e se esquecer de tudo além d’Ele.”
~ Bahá’u’lláh (Fé Bahá'í)